Casa sustentável no Recife economiza água e energia e pode ser remontada em qualquer lugar

Construir uma casa sustentável é o investimento de uma vida. Investimento financeiro, intelectual e emocional.

Planejamos os detalhes e escolhemos o material, o estilo e cada objeto de acabamento e decoração.

Imagine ser obrigado a abrir mão desse patrimônio material e imaterial diante de uma oferta do mercado imobiliário ou de uma mudança de bairro.

No entanto, uma casa sustentável é também uma casa capaz de sobreviver às mudanças de rumo dessa nossa realidade cada vez mais efêmera.

O arquiteto pernambucano Bruno Lima construiu a própria casa a partir dessa premissa.

A estrutura pré-moldada de madeira permite que a casa sustentável seja desmontada e remontada em outro lugar, fazendo com que o material de construção seja parte de um ciclo e não de uma linha que começa na fábrica e termina na mão do primeiro consumidor.

As divisórias e até as paredes externas são de material reciclado.

O telhado capta água da chuva, armazenada em reservatórios e usada na limpeza do jardim e no banheiro.

“É uma casa porosa”, define Bruno Lima, para descrever a construção cujo sistema de ventilação natural dispensa o uso de ar condicionado.

A iluminação natural é outro recurso que a torna uma casa sustentável.

Essas características fizeram da casa sustentável de Bruno Lima uma casa premiada – pelas secções de São Paulo e de Pernambuco do Instituto de Arquitetos do Brasil – e exposta mundo afora em livros e revistas nacionais e internacionais.

Apesar da fama e das honrarias, a casa sustentável é sobretudo o lar de Bruno, da mulher e das duas filhas do casal.

Veja essa história na segunda coluna Mundo Possível no nosso canal do Youtube.

Por Antônio Martins Neto

Editor do Blog Mundo Possível