Considere a possibilidade de instalar uma cortina viva na parede externa de sua casa ou escritório e ter ao alcance das mãos frutas e verduras para sua alimentação diária.
Pode parecer fantasia, mas o grupo empresarial japonês Kyocera já transformou a ideia em realidade.
Vinte prédios de propriedade do grupo, entre fábricas e escritórios, possuem cortinas vivas – ou verdes, como também são chamadas – capazes de reduzir a temperatura interna durante o verão e produzir alimentos livres de agrotóxicos em pleno centro urbano.
A Kyocera instalou a primeira cortina verde na sede da Prefeitura de Nagano, em 2007, e logo a experiência foi replicada em unidades da Tailândia e do próprio Japão.
Nos edifícios, as plantas crescem entre as treliças das janelas e paredes dos prédios da empresa e são capazes de filtrar os raios solares, o que reduz a absorção do calor e diminui a necessidade de ar condicionado nos escritórios e oficinas.
De sobra, há também absorção de dióxido de carbono por conta da fotossíntese.
Neste verão, as cortinas vivas da Kyocera somaram um total de 3.043 metros quadrados, um crescimento de quase 400% em relação ao ano passado.
Se continuar nessa proporção, a quantidade de dióxido de carbono absorvida ao final da estação será de 10,6 toneladas.
Entre as frutas e vegetais cultivados e consumidos pelos funcionários da empresa estão o pepino e a goya, uma fruta rica em nutriente e bastante popular na região de Okinawa, principalmente durante o verão, uma vez que previne a fadiga gerada pela calor .
Pode-se dizer que as cortinas verdes viraram moda, a ponto de serem instaladas nas casas dos funcionários da Kyocera e em prédios públicos de outras partes do Japão.
Em 2008, a Prefeitura de Tóquio instalou a maior do mundo em um dos seus edifícios oficiais.
A cortina de 29 metros de altura cobre uma das fachadas do prédio, produz pepino e abóbora e reduz em quatro graus centígrados a temperatura interna dos escritórios.
Clique aqui e saiba como fazer uma cortina verde (em inglês)


