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Dubai constrói mesquita ecologicamente correta e dá início a uma revolução verde

 

RECIFE – Reluzente e próspera, Dubai, nos Emirados Árabes, é uma cidade ambientalmente insustentável.

O crescimento vertiginoso dessa versão oriental de Las Vegas tem gerado grandes impactos, sendo o mais grave deles a intensa concentração de salinidade no Golfo Pérsico, resultado do processo de dessanilização da água do mar para uso doméstico, empresarial e agrícola na região.

&MaxW=640&imageVersion=default&AR-140719180Cientes do quanto isso pode arranhar a imagem global de Dubai, as autoridades locais se esforçam para tentar mudar essa realidade e começam pelo que há de mais sagrado no Oriente Médio: o Islã.

É em meio aos arranha-céus espelhados da cidade que funciona, desde julho deste ano, a primeira mesquita sustentável do mundo.

A Khalifa Al Tajer ocupa uma área de 45 quilômetros quadrados em Port Saeed e reúne tecnologias inovadoras, como o sistema que permite ajustar a pressão hidráulica de acordo com a necessidade e reutilizar a água usada.

Com capacidade para 3.500 pessoas e custo estimado de R$ 12 milhões, o prédio ainda está à espera de certificação oficial , mas foi construído para atender as exigências do selo prata do LEED (Liderança para Energia e Design Ambiental)

Entre as inovações, estão os postes de iluminação exterior equipados com painéis solares, que também alimentam baterias e aquecem a água.

Lâmpadas de LED são utilizadas em todo o edifício, onde não há interruptores – é tudo controlado automaticamente por sensores, de acordo com as orações e o número de pessoas, inclusive os aparelhos de ar condicionado.

Outra tecnologia de ponta é o isolamento térmico usado no telhado e nas paredes exteriores para reduzir a transferência de calor.

Já o sistema de vidros duplos e as grandes janelas com revestimento metálico minimizam a intensidade da radiação solar na mesquita.

A Khalifa Al Tajer marca o início da revolução verde em Dubai, onde todas as mesquitas construídas daqui por diante terão que ser favoráveis ao meio ambiente.

“Queremos dar o exemplo. Eco-mesquitas diminuem o consumo de água em 20% e de eletricidade em 25%”, disse ao jornal Khaleej Times o Dr. Hamad Al Shaibani, diretor-geral do Departamento de Assuntos Islâmicos e de Atividades de Caridade de Dubai (DDIACA), responsável pelos prédio religiosos na cidade.

Por Antônio Martins Neto

Editor do Blog Mundo Possível

Fotos: Pawan Singh / The National

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