As nações árabes devem enfrentar uma grave escassez de água a partir de 2015, de acordo com um relatório do Fórum Árabe para Ambiente e Desenvolvimento (Afed, na sigla em inglês), divulgado ontem pela agência de notícias Reuters.
Segundo o documento, os árabes terão que sobreviver com menos de 500 metros cúbicos de água por ano, consumo que corresponde a um décimo da média mundial, superior a 6 mil metros cúbicos anuais per capta.
Treze países árabes já estão entre as 19 nações com mais escassez de água do mundo e, segundo o Afed, a situação será agravada caso não haja modificações nos hábitos da população.
“Sem mudanças fundamentais nas políticas e nas práticas, a situação vai se agravar, com ramificações sociais, políticas e econômicas drásticas”, diz o relatório.
Entre os fatores agravantes encontram-se o crescimento populacional, as mudanças climáticas e a baixa na produção agrícola, devido a problemas com a irrigação.
Projeções da Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que haverá 600 milhões de árabes no mundo até o ano de 2050, o que vai resultar no aumento da demanda pelos recursos hídricos.
Além disso, os países árabes poderão enfrentar uma redução de 25% das chuvas e um aumento de 25% das taxas de evaporação
Por Renata Nascentes.