Tecnologia

Estudantes desenvolvem extintor de incêndio sonoro que economiza água e elimina o fogo, a fumaça e o odor

Ainda faltam dois meses para Seth Robertson, 23 anos, e Viet Tran, 28 anos, receberem o diploma de Engenharia Elétrica pela George Mason University, na Virgínia, Estados Unidos, mas o projeto de conclusão de curso da dupla já foi aprovado e ganhou o mundo, com destaque em sites como WashingtonPost.com e CNN.com.

Eles criaram um extintor de incêndio capaz de apagar o fogo com ondas sonoras.

O equipamento é composto por um gerador de frequência ligado a um pequeno amplificador e a um colimador, instrumento usado para suavizar e direcionar feixes de radiação que, neste caso, direciona as ondas sonoras.

Ao produzir ondas de baixa frequência, entre 30 e 60 hertz, e dirigi-las ao foco de incêndio, o equipamento extingue o fogo.

O que está por trás da invenção é que as ondas sonoras são também ondas de pressão e acabam por deslocar o oxigênio necessário para a manutenção do fogo.

“As ondas de pressão vão para frente e para trás retirando o ar de onde está o fogo e isso é suficiente para que ele se apague e não reinicie”, disse Seth Robertson ao WashingtonPost.com.

Além de intrigante, o equipamento é limpo e sustentável, pois não produz fumaça nem cheiro e dispensa o uso de água e de produtos químicos, como o fosfato monoamônico, base do pó ABC, largamente utilizados nos extintores de incêndio e altamente tóxico.

Os estudantes projetaram o extintor para uso doméstico e usaram recursos próprios, cerca de 600 dólares (pouco menos de dois mil reais) para fazer o protótipo.

Com o sucesso dos primeiros testes, eles esperam que o equipamento também seja usado em áreas confinadas no espaço, como num avião, ou em florestas.

“A gente ainda quer fazer muitos testes para ver se é preciso mudar a frequência para extinguir o fogo em outros tipos de material”, disse Tran ao WashingtonPost.com.

Enquanto isso, a universidade está ajudando os estudantes a obter uma patente provisória.

Por Antônio Martins Neto

Editor do Blog Mundo Possível

Foto: Alexis Glenn/Creative Services/George Mason University

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