A reação se deu em apenas três minutos.
Ao colocar um tubo de pasta de dente vazio num microondas caseiro, substituir o ar interno do equipamento por nitrogênio e ligá-lo na potência máxima até atingir 600 graus centígrados, cientistas da Universidade de Cambridge conseguiram transformá-lo em ligas de alumínio e hidrocarbonetos (óleo e gás combustíveis).
O processo se mostrou uma excelente forma de reciclar as embalagens de pastas, sucos e alimentos revestidas de alumínio, e ainda gerar combustível não poluente.
Agora as multinacionais Nestlé, Kraft Foods e Mondelez International se preparam para usar a técnica em escala comercial num empreendimento capaz de reciclar 2 mil toneladas de resíduos por ano.
Até então, os plásticos laminados que formam as embalagens tinham como único fim o aterro sanitário, onde passam 100 anos para se decompor por causa do alumínio.
Estima-se que só no Reino Unido 16 mil toneladas de aluminío usado em embalagens sejam aterradas a cada ano pela dificuldade de separar as lâminas de metal do plástico.
Com o processo criado pelos professores Howard Chase and Carlos Ludlow-Palafox, o alumínio será separado e derretido, voltando para a indústria como insumo.
Chase and Ludlow-Palafox esperam que o investimento na nova empresa retorne em apenas três anos.
“Agora que temos uma fábrica em escala comercial, podemos mostrar os benefícios do processo e encorajar as autoridades locais a implementarem um sistema de coleta seletiva”, disse Chase.
Veja abaixo o vídeo do projeto.
Por Antônio Martins Neto
Editor do Blog Mundo Possível