Você já deve ter ouvido falar dos empreendimentos ou negócios de impacto social.
São negócios que não visam apenas o lucro, mas sobretudo o benefício que trazem à sociedade.
Que tal agora estendermos esse conceito à inovação de impacto social?
Veja o que fez o indiano Manu Prakash, bioengenheiro da Universidade de Standford, nos Estados Unidos.
Ele criou um microscópio barato e fácil de fazer que pode salvar vidas em países em desenvolvimento, onde faltam equipamentos para diagnosticar e tratar doenças.
As peças do microscópio de Prakash, o Foldscope, são impressas em papelão.
Depois, são destacadas e montadas seguindo um sistema de dobraduras e encaixes.
E o melhor: o custo final é equivalente a R$1,20
O Foldscope ainda tem peças como lentes, uma pequena lâmpada de LED e uma bateria semelhante à que é usada em relógios.
A bateria funciona por até 50 horas, e o equipamento permite ampliar uma imagem em até 2 mil vezes.
Prakash e sua equipe criaram 12 modelos diferentes, cada um feito para diagnosticar uma doença específica.
Todos vêm com um projetor embutido para que suas imagens possam ser analisadas por várias pessoas ao mesmo tempo.
Por ser impresso, ele pode ser fabricado em larga escala. Além disso, é muito resistente.
“Você pode molhá-lo, pisar e pular nele e jogá-lo da altura de um prédio de três andares”, disse Prakash a um repórter da BBC.
A ideia surgiu a partir das viagens do cientista e de seus alunos a países em desenvolvimento, onde eles ficaram impressionados com a falta de infraestrutura para identificar doenças como a malária.
A Fundação Bill & Melinda Gates premiou o cientista com o equivalente a R$ 235 mil para que ele teste o o microscópio na Índia, na Tailândia e em Uganda.
Dez mil voluntários serão selecionados, entre médicos, alunos de medicina, estudantes de nível primário e secundário e pesquisadores, para testar o invento.