O vilarejo de Balcombe, a 50 Km de Londres, na Inglaterra, ganhou as manchetes do mundo inteiro no ano passado, quando milhares de pessoas se uniram aos moradores para protestar contra a exploração de gás natural na região.
Os manifestantes temiam que a empresa exploradora usasse a fragmentação hidráulica, técnica que fratura as rochas do subsolo para extrair gás e óleo e que pode poluir o lençol freático.
Houve bloqueio de estradas e dezenas de pessoas foram presas.
A empresa desistiu de utilizar a fragmentação hidráulica, mas alegou questões técnicas.
Um coisa é certa: os moradores de Balcombe são unidos e resistentes. E não é de hoje.
Em 1914, eles fizeram uma cota e pagaram a substituição da iluminação da vila, que era a óleo e passou a ser a eletricidade.
Cem anos depois, mais uma mudança coletiva: lançaram um projeto para produzir localmente, e com tecnologia limpa e renovável, 100% da energia da vila.
A tecnologia escolhida foi a solar, uma vez que Balcombe tem em média 1.500 horas de sol por ano.
O projeto para instalar doze mil painéis solares nas 760 casas da vila está orçado em três milhões de libras, cerca de doze milhões de reais.
Para financiar a empreitada, os moradores montaram uma cooperativa.
Pessoas de fora também podem investir e, no futuro, receber dividendos.
A ideia é produzir energia para comunidade e vender o excedente para a rede elétrica da Inglaterra.
E assim, a união faz a força, mais uma vez, em Balcombe, no sul da Inglaterra.
Veja abaixo alguns vídeos sobre os protestos do ano passado.