O que acontece quando a esperança de construir um mundo melhor se junta à força da coletividade?
Numa favela de São Paulo, essa união levou a uma transformação de vida, individual e coletiva.
O nome da comunidade, vejam só, é Vila Nova Esperança.
Ela surgiu em 1960 e tem cerca de 600 famílias.
Há doze anos, os moradores plantaram uma horta comunitária num terreno que servia de lixão.
Logo, as pessoas pararam de jogar lixo no espaço e a ameaça de desapropriação foi afastada.
Tudo que sai da horta é compartilhado na comunidade.
O plantio periódico é feito em mutirões de até 50 pessoas e a proteção das hortaliças é feita com materiais reutilizados, como garrafas PET.
Mas comunidade colhe bem mais que verduras e hortaliças: colhe contribuições e parcerias.
A mais recente foi com a companhia de saneamento do Estado de São Paulo, que cedeu um terreno vizinho para que o cultivo seja ampliado junto com a construção de uma creche e um campinho de futebol.
Agora, os moradores buscam recursos de empresas privadas para começar as obras.
Com a ampliação da área, a ideia é poder comercializar parte do volume colhido, com a geração de trabalho e renda para os moradores.
A experiência dos moradores da Vila Nova Esperança lembra à da cidade de Tordmorden, no interior da Inglaterra, contada aqui no Blog Mundo Possível.