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Pesquisadores reutilizam resíduo de dessalinização na criação de peixes e na irrigação de lavouras

RECIFE – Pesquisadores da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), em Mossoró, no Rio Grande do Norte, encontraram um destino nobre para o resíduo gerado pelos dessalinizadores,  até agora considerado apenas um veneno para a natureza.

Eles utilizam o material líquido rico em sal em viveiros de criação de tilápias, espécie tolerante à água salina.

Fundamental no Semiárido, onde as fontes de água são escassas, o dessanilizador torna potável a água retirada dos poços artesianos que, em contato com as rochas cristalinas no subsolo, costumam ser salobras.

No entanto, para cada litro de água própria para o consumo, o equipamento  produz outro litro de resíduo poluente, rico em sal, que geralmente é descartado no solo ou nos rios.

A experiência tem como meta reduzir o impacto dos dessalinizadores no meio ambiente – existem cerca de 400 em operação no Rio Grande do Norte – e criar uma alternativa de renda para as comunidades sertanejas.

Além de criar peixes, as comunidades também podem usar a água do viveiro, trocada periodicamente, para irrigar mudas de espécies vegetais da caatinga, hortaliças e forrageiras.

É que, ao passar pelos viveiros, a água perde sal e ganha material orgânico, tornando-se própria para a lavoura.

O projeto dos alunos Jair Freitas e Marlon Ferreira, sob orientação do professor Nildo Dias, está sendo aplicado em comunidades próximas a Mossoró e ganhou o primeiro lugar no Prêmio Odebrecht de Desenvolvimento Sustentável 2013.

Veja abaixo o vídeo sobre a equipe de pesquisa preparado pelos organizadores do prêmio.

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