Economia

Reciclagem de lixo requer mais que separação e coleta seletiva

VISEU – A separação do lixo doméstico em vidro, plástico, papel e material orgânico e a coleta seletiva no centros urbanos são fundamentais para que o Brasil diminua a quantidade de resíduos destinados a aterros sanitários.

Apesar da importância dessas práticas, elas têm papel limitado, até mesmo nos países pioneiros, como os da União Europeia, onde a taxa média dos resíduos que foram separados em casa, coletados seletivamente e destinados à reciclagem não chega a 15% do total de lixo produzido pelo população.

Tornar o processo de reciclagem mais eficiente requer investimentos milionários, em conscientização e na construção de usinas de separação de resíduos.

Essas usinas operam com tecnologia sofisticada e têm alto custo de implantação.

Em Pernambuco, o primeiro empreendimento desse tipo deve começar a operar no início de 2015 em Paulista, na Região Metropolitana do Recife.

O projeto da empresa pernambucana Locar Empreendimentos Ambientais começou a ser tocado em janeiro de 2014, está orçado em 34 milhões de reais e conta com tecnologia desenvolvida pelo grupo português Marcovil.

Os membros da II Missão Internacional de Sustentabilidade da Fiepe, que ocorre de 30 de agosto a 06 de setembro em Portugal e Espanha, visitaram a Interecycling, usina de separação de resíduos eletrônicos do Grupo Marcovil, localizada em Viseu, Portugal, e que opera em condições semelhantes às que estão sendo implantadas em Paulista.

Na unidade de Portugal, a separação do resíduo é feita com alto grau de automação.

Pneus, aparelhos de TV, computadores, máquinas de lavar, geladeiras, microondas e até caixas eletrônicos que foram recolhidos por meio da logística reversa chegam à empresa aos montes e passam por uma linha, não mais de montage, mas de desconstrução.

Há máquinas para reconhecer o tipo de plástico e facilitar a separação e outras que retiram os fios de cobre dos motores de eletrodomésticos, por exemplo.

A tecnologia desenvolvida pela empresa proporciona eficiência e aumento no valor de mercado das peças, que voltam para o ciclo produtivo, dando mais sentido à palavra reciclagem.

Antônio Martins Neto

O repórter viajou a Portugal com apoio da Fiepe

Comments 2

  1. milena

    Vamos fazer uma campanha de coleta de pilha na faculdade, seria uma boa uma divulgação?

    Responder

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