Economia

Troca de produtos é um dos pilares da economia solidária e destaque na Expoidea

O Armazém 12 do Porto Recife virou nos últimos dias uma espécie de templo do consumo.

Os visitantes que entram no espaço, onde ocorre a feira de produtos e tecnologia da Expoidea, podem sair com as mãos cheias CD´s, produtos artesanais e até roupas.

E o que é melhor: sem necessariamente gastar um tostão.

Esse é um dos efeitos da economia solidária, forma de produção, distribuição e consumo de riqueza centrada na valorização do indivíduo e não do dinheiro.

No Armazém 12 e nos outros espaços expositivos da Expoidea que formam o Mercado de Trocas Solidárias, os novos produtos podem ser adquiridos por meio do escambo.

Para isso basta doar produtos em bom estado de conservação para adquirir a Moeda Social Solidária, este sim o dinheiro que circula nessa economia alternativa, e adquirir novos produtos e serviços, como massagem ou consultoria de comunicação.

O mercado faz parte do Festival de Economia Solidária da Expoidea que também contempla a doação propriamente dita, outra ação muito valorizada nessa nova forma de consumir.

No Café Solidário, o visitante recebe pratos apetitosos e tem direito a participar do happy hour da feira, com acesso a todas as outras delícias oferecidas nas tardes do evento.

Ao estimular trocas de produtos e serviços, a Economia Solidária pretende transformar as relações competitivas em relações cooperativas.

Os defensores do conceito acreditam que dessa forma é possível recuperar a auto-estima das pessoas que se sentem marginalizadas fazendo com que elas percebam que têm algo a oferecer.

O objetivo é despertar a criatividade e desenvolver a capacidade produtiva, além de evitar o desperdício e promover o intercâmbio de saberes.

“A Economia Solidária é uma economia inclusiva, que gera trabalho e renda principalmente para as populações de baixa renda”, diz André Miani, militante do Economia Solidária.

“Mas pessoas pertencentes a outras classes também já estão enxergando a Economia Solidária como um modelo sustentável de desenvolvimento planetário”, explica.

O Festival de Economia Solidária termina no dia 27 de novembro.

Por Antônio Martins Neto, com reportagem de Renata Nascentes

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